sexta-feira, 18 de abril de 2014

DESATENÇÃO / DISTRAÇÃO


Desatenção/Distração???  Pode ser sinal de um distúrbio ou não.

A distração / desatenção é dificuldade de concentração ou falta de atenção. Atenção tem o seguinte significado: vigilância. A definição de concentração é a de aplicar atenção em algum assunto. Segundo Holle (1979:140): “A criança precisa acostumar-se a escutar e a ver, isto é, a perceber auditiva e visualmente.” O que isso quer dizer, então?  Após o aluno manter a atenção, ele concentra-se na tarefa por um tempo considerável, não se deixando distrair por estímulos variáveis e menos irrelevantes. Perceber auditiva e visualmente se aprende e estimula o desenvolvimento da atenção/concentração.

A capacidade de prestar atenção / concentração depende diretamente do funcionamento adequado e integrado de diversas áreas cerebrais. Concentração insuficiente e incapacidade em sustentar o esforço podem, por exemplo, serem causados por problemas / transtornos de aprendizagem (linguagem, leitura, escrita, matemática, etc.) ou distúrbio (alteração do processamento auditivo). Segundo Fonseca, há alguns fatores que influenciam no foco da atenção: motivação; hiperatividade; impulsividade; ritmo interno; complexidade da atividade; nível da experiência anterior e estado emocional do momento, onde a criança ou jovem sente-se ansioso/estressado/deprimido. Portanto, a atenção/concentração depende de uma organização interna e externa. Se o aluno apresenta desatenção pode ter uma origem neurológica ou emocional, nesses casos, a escola precisa encaminhar para um especialista.

No Atendimento Psicomotor é possível criar experiências para desenvolver a atenção/concentração que é indispensável para a aprendizagem e uma boa qualidade de vida.

sábado, 5 de abril de 2014

DISGRAFIA


DISGRAFIA
(LETRA ILEGÍVEL)

Disgrafia, segundo Barbosa (2005), a palavra tem origem grega: DIS - significa dificuldade e GRAPHÊ - maneira de transcrever as palavras de uma determinada língua. Portanto, refere-se à grafia da palavra e não de uma letra isolada.
 
A Disgrafia pode se manifestar de diversas formas: rigidez e muita tensão; traçado com pouca tensão; traçado rápido e com falta de controle (impulsividade); dimensão da letra apresenta inclinação e com traçado lento. A Disgrafia é um distúrbio do grafismo, de origem funcional, quando não há "déficit" neurológico ou intelectual.

É importante respeitar o desenvolvimento de cada indivíduo e entender em que estágio motor, emocional e cognitivo apresenta. A postura corporal e sua preensão devem ser adequadas. Respeitar o traçado natural da personalidade de cada um é diferente de um distúrbio do grafismo. O professor ou terapeuta não deve impor um modelo gráfico, deve trabalhar o traçado adequado.

A preensão do lápis deve ser adequada, a postura na cadeira também. Segue modelo abaixo:
(BOSCAINE)


Os fatores que precisam ser desenvolvidos no grafismo: desenvolvimento motor (movimento de pinça; coordenação viso-motora; impulsividade; tonicidade; esquema e imagem corporal; equilibração; orientação espaço-temporal; ritmo praxia fina e global); desenvolvimento cognitivo (compreensão do significado dos signos gráficos); desenvolvimento da linguagem (boa expressão da fala); desenvolvimento sócio-afetivo (vontade de aprender); planejamento motor; bom relacionamento com os adultos e outros alunos.

A Psicomotricidade ajuda na reorganização motora, proporcionando uma boa grafia. O tempo para obter um resultado satisfatório depende de cada pessoa e de seu quadro clínico. Se há outras questões (comorbidades) que estão presentes no quadro, pode demorar mais tempo para ter um bom resultado do que o aluno que não apresenta outras questões orgânica.

A intervenção psicomotora deve ser bem planejada e agradável para que o aluno tenha o prazer de escrever e observe o resultado de seu trabalho e dedicação. Uma das primeiras etapas para trabalhar nessa área é desenvolver a consciência corporal.

Paula Ábdo
Psicomotricista - Psicopedagoga - Mediadora de PEI
Atendo crianças e adolescentes. Avaliação e Intervenção Psicomotora: (11) 9.9395-6610

Referência:
* Capovila, Fernando C. - Transtornos de Aprendizagem. São Paulo; Editora Memnon, 2011.
* Morais, António Manuel Pamplona - Distúrbios da aprendizagem - Uma abordagem Psicopedagógica. São Paulo; Edicon, 2006 







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